O crónico problema dos
transportes públicos e do tráfego nas cidades moçambicanas e muito em
particular na Cidade de Maputo, requerem das autoridades Governamentais e Municipais
uma análise profunda e a adopção de acções concretas visando inverter
definitivamente o cenário actual. Em vários momentos questionei-me do porquê ser
tão difícil encontrar-se uma solução duradoura e sustentável para o problema e
também do porquê estar-se sempre a adoptar medidas paliativas que embora
minimizem momentaneamente a situação, acabam por adiar, por tempo
indeterminado, a solução do problema. Pensava que faltavam estudos e propostas
concretas mas o meu espanto foi grande ao verificar que já foram feitos estudos
sobre a matéria.
Afinal, não somente
existem vários estudos nesse sentido como também existem propostas concretas
visando não só resolver, a curto e a médio prazo, e de forma sustentável o problema
bem como envolver o sector privado abrindo-se espaços para a terceirização de
determinados serviços de modo a proporcionar um serviço de transporte público
eficiente e de qualidade.
O estudo que mais chamou
a minha atenção é uma tese de mestrado de 2010 de um estudante da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto e que teve como orientador, o Professor
Doutor António Matos dos Santos -docente moçambicano da Faculdade de Engenharia
da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Trata-se do Estudo de funcionamento dos
transportes públicos em Maputo e desenvolvimento de acções de melhoria.
Embora, neste momento,
não se encontrem disponíveis nem actualizados os estudos sobre o trânsito
urbano na cidade de Maputo que caracterize convenientemente o fluxo das pessoas
e das viaturas que se movimentam na cidade; no entanto, existe um outro estudo realizado
pelo Professor Doutor António Matos, em 2003, o qual dedica-se exclusivamente ao
planeamento de um sistema de transportes colectivos de passageiros numa zona
metropolitana: o caso da província de Maputo. Este estudo permite tirar
importantes conclusões acerca das acções necessárias a uma melhoria do tráfego
rodoviário também na Cidade de Maputo como mais adiante veremos.
Segundo a tese de
mestrado a que acima me referi, na Cidade de Maputo, coexistem duas realidades
claramente diferenciáveis: a “cidade
de cimento” - zona urbana da metrópole e a “cidade
de caniço” - conjunto das zonas suburbanas
e periurbanas de Maputo. A Cidade de Cimento, formada essencialmente pelo
distrito urbano n° 1, concentra grande parte dos
principais serviços e comércio da cidade.
É nesta zona que
encontra-se a Central Business District (CBD) da cidade, o qual encontra-se delimitado
pelas Avenidas Mao Tsé Tung e Marien Ngouabi. Aqui se concentra uma grande
diversidade de serviços, a maioria dos ministérios e outras agências
governamentais, a estação de caminhos-de-ferro, a Catedral de Maputo, o
hospital central, diversas escolas e faculdades, o parlamento, museus,
pavilhões desportivos, a zona “baixa”
da cidade, predominantemente comercial, etc. O CBD ocupa a maioria do distrito urbano numero 1, com a excepção do
bairro residencial de Sommerschield e do campus da Universidade Eduardo
Mondlane.
As principais avenidas,
nomeadamente a 25 de Setembro, 24 de Julho, Eduardo Mondlane, Mao Tsé Tung,
Kenneth Kaunda, Joaquim Chissano, Julius Nyerere, Vladimir Lenin, Karl Marx,
Guerra Popular e Acordos de Lusaka, distinguem-se por serem extraordinariamente
largas, tendo em conta a época em que foram projectadas, com um afastamento
entre edifícios a variar entre 25 e 40 metros. Estas vias foram concebidas para
terem duas a quatro faixas de rodagem em cada sentido, os seus passeios
pedonais são espaçosos e quase todas as avenidas possuem um separador a dividir
os sentidos de trânsito. O bom planeamento destas vias, tanto das avenidas
principais como das ruas secundarias, não só asseguraria um bom escoamento de
trânsito dentro do distrito urbano n°1, como
também poderia satisfazer as necessidades ao nível do estacionamento através da
utilização de parte do passeio pedonal e parte do separador central para estes
fins.
A zona de caniço da
cidade é sobretudo residencial, com algumas zonas de comércio distribuídas principalmente
ao longo das grandes vias, de forma informal, nos próprios passeios, ou em
grandes mercados como o Xipamanine (Distrito Urbano n°
2) e Xiquelene (Distrito Urbano n°4). O
desenho urbano no interior da “cidade
de caniço” não é, de todo, uniforme. De
acordo com o referido estudo, as ruas são verdadeiramente labirínticas e, na
maioria das vezes, em vez de quarteirões rectangulares, existem também
aglomerados de casas, seguindo um traçado totalmente irregular.
As estradas pavimentadas
estão essencialmente concentradas no distrito urbano n°1
(50,4%), embora algumas delas em avançado estado de degradação devido
essencialmente a ausência de manutenções periódicas e de reabilitação de
qualidade para além do deficiente funcionamento do sistema de drenagem na época
chuvosa. Nos restantes distritos, as vias pavimentadas correspondem a grandes
avenidas que atravessam a cidade e essas estradas têm normalmente uma ou duas
faixas de rodagem em cada sentido, passeios estreitos, frequentemente ocupados
por comerciantes informais. Para além deste conjunto de vias principais, os
acessos, maioritariamente, não são pavimentados e o volume de estradas
pavimentadas vai diminuindo com o aumento da distância ao CBD. Os distritos 2 e
3 apresentam ainda um maior equilíbrio entre estradas pavimentadas e as
restantes, enquanto nos distritos 4 e 5, as estradas não pavimentadas são
predominantes. Estas vias não pavimentadas são normalmente estradas de terra
batida, com inúmeros buracos, o que torna a circulação difícil para automóveis ligeiros
e para os “chapas”,
e quase impossível para autocarros. No período das chuvas, a falta de qualquer
escoamento das águas converte estas vias em verdadeiros riachos, intransitáveis
para qualquer viatura.
O acesso à cidade de
Maputo faz-se essencialmente através das estradas nacionais, da EN1 para o
trânsito com origem ou destino a norte da cidade e da EN2 para as viaturas
provenientes da Matola. Em alternativa à EN2, é possível utilizar a via do
jardim ou então, localizada mais ao norte, a rua da zona verde.
Na cidade de Maputo,
podem-se encontrar três corredores de trânsito principais, onde se faz o
transporte de pessoas dos espaços suburbano, periurbano e interprovincial, para
o centro urbano da cidade. Esses três corredores são constituídos pelas
seguintes avenidas:
·
Av. 24 de Julho-EN2, proveniente
da Cidade da Matola
·
Av.24 de Julho/ Eduardo
Mondlane-EN1, com origem ou destino a norte da Cidade
·
Av. Guerra Popular -Av. Acordos
de Lusaka -Av. das FPLM-Av. Julius
Nyerere, procedente do distrito ° 4.
A Av. Vlademir Lenine e a
Rua da Beira servem de alternativa aos troços do corredor que conduz ao
distrito n°4, enquanto a EN1 tem por única
alternativa o contorno do aeroporto pelo lado leste (corredor do distrito n°4)
para alcançar a EN1 através da Avenida Lurdes Mutola.
De acordo ainda com o
estudo em apreço e que passo a citar, a Cidade de Maputo já apresentava ao
tempo em que foi elaborado o estudo, alguns problemas graves de
congestionamento nas horas de trânsito mais intenso, concretamente:
·
Benfica - o entroncamento de
Benfica, EN1 com a rua da Zona Verde, é o ponto mais sensível da cidade, sendo
o resultado de diversos factores. Para começar, a EN1 é uma via com um nível
máximo de serviço inferior ao desejado, visto ter apenas uma faixa de rodagem
em cada sentido. Neste entroncamento, o problema agudiza-se, não só pelo
cruzamento de trânsito de diferentes direcções, mas também porque este é um
ponto de paragem dos “chapas”. Esta zona é, sem dúvidas, a mais crítica da
cidade, representando uma constante preocupação para quem queira sair da Cidade
rumo ao norte.
·
Portagem - a Portagem da Matola
é também um ponto problemático, não devido à falta de postos de pagamento, que
são 16, oito em cada sentido, mas porque depois da portagem essas oito faixas
afunilam para apenas duas. O congestionamento na portagem dá-se, nas horas de
ponta da manhã, no acesso à cidade, e de tarde no sentido inverso.
·
Centro da Cidade - as avenidas
24 de Julho, Eduardo Mondlane e Guerra Popular apresentam já problemas de
congestionamento principalmente por serem utilizadas de forma intensiva pelos “chapas”.
Ao longo da avenida 24 de Julho existem dois lugares problemáticos: um nas
imediações da praça 16 de Junho, por aí se localizar um mercado; e o outro no
espaço antes do cruzamento com a avenida Guerra Popular, local de enorme
confluência de “chapas”.
Os problemas das avenidas Eduardo Mondlane e Guerra Popular devem-se unicamente
à circulação de elevado número de “chapas”.
·
Praça dos combatentes
(Xiquelene) - O acesso à Praça dos combatentes é difícil devido à existência,
na própria rotunda, de uma movimentada bomba de gasolina, assim como do
importante mercado de Xiquelene. Esta rotunda é ponto quase obrigatório para a
vasta maioria do trânsito que circula a leste do aeroporto, havendo como única
opção alternativa, a rua da Beira. Apesar de tudo, o ponto mais crítico até nem
é a rotunda em si, mas antes o acesso a ela, principalmente através da Avenida
Vladimir Lenine. Esta avenida, entre as Praças OMM e dos Combatentes (3,3Km).
Tem apenas uma faixa de rodagem por cada sentido, e sempre que um “chapa”
precisa de largar passageiros, este bloqueia o trânsito atrás de si.
·
Rua do Jardim - esta última zona
é sensível pelo mau estado de conservação da via, que obriga os veículos a
circularem a reduzida velocidade. A rua do Jardim representa porém uma
alternativa à portagem, tanto ao nível de escoamento de trânsito, como para os
condutores que querem evitar o pagamento da taxa de utilização da Portagem da
Matola. Assim, esta via torna-se também, em horas de ponta, num ponto de
engarrafamento.
De uma maneira geral, o
acesso à saída da cidade se faz com bastante dificuldade quer seja nos períodos
de ponta quer ainda nos períodos restantes e principalmente no Benfica, Jardim
e na Avenida Vladimir Lenine.
Outro aspecto que importa
tomar em conta é o referente ao aumento proporcional do número de autocarros
dos Transportes Públicos de Maputo (TPM) em função do crescimento da população
da Cidade. Por exemplo, em 1975, os Serviços Municipalizados de Viação (SMV)
que asseguravam a totalidade dos serviços públicos da Cidade de Maputo,
contavam com mais de 118 autocarros que serviam a uma população de cerca de
500.000 habitantes.
Em Fevereiro de 2008, a
frota dos Transportes Públicos de Maputo (TPM), contava com apenas 32
autocarros para uma população de 1.7 milhões de habitantes (Maputo e Matola).
Actualmente, os TPM contam com 105 autocarros afectos aos transportes
colectivos de passageiros na Cidade de Maputo, para um número cada vez mais
crescente de utentes destes serviços.
Portanto, não obstante os
esforços empreendidos, nos últimos anos, pelo governo central e pelo Conselho
Municipal da Cidade de Maputo, a quantidade de autocarros para o transporte
urbano ainda está muito aquém das reais necessidades desta urbe. A qualidade
dos serviços prestados e a rentabilidade e cobertura geográfica dos mesmos
ainda deixam muito a desejar e requerem uma intervenção mais integrada e
regrada de modo a satisfazer a demanda cada vez maior por estes serviços.
O estudo a que tenho
estado a fazer menção, avança com algumas propostas concretas que acrescidas às
minhas ideias pessoais, permitem-me afirmar que, a serem implementadas as
ideias abaixo indicadas, estas poderiam certamente inverter, a curto e médio
prazos, o problema de transporte urbano e de tráfego rodoviário na Cidade de
Maputo:
·
Limitar gradualmente o número de
“chapas”
nas vias principais e particularmente no distrito urbano N°1,
os quais devido à sua reduzida lotação e ao seu comportamento na estrada, se
torna uma forma de transporte pouco eficiente, do ponto de vista da fluidez de
tráfego rodoviário;
·
Substituir gradualmente, os “chapas”
por autocarros dos Transportes Públicos de Maputo (TPM), nas principais
avenidas, poderia certamente contribuir para a minimização do problema de
congestionamento desde que se criem faixas de rodagem exclusiva para autocarros,
táxis, bombeiros e ambulâncias e se aumente a frota de autocarros dos TPM;
·
Alargar o espaço disponível de
forma a aumentar o número de faixas de rodagem, assim como criar zonas de
estacionamento apropriadas. O espaço necessário pode ser obtido por diminuição
da largura do separador central e do encurtamento dos passeios, o que não trará
prejuízos para os pedestres, porque são suficientemente largos. Pode até
representar uma melhoria considerável, visto que actualmente o estacionamento
ocorre em cima dos próprios passeios;
·
Proibir a instalação de parques
de venda de “viaturas usadas” na Central Business District (CBD) da cidade e promover
em parceria com o sector privado a construção de parques de estacionamento
nesses locais de modo a contribuir para aumentar as condições de estacionamento
e aliviar o congestionamento da cidade. Os parques de venda de carros usados
deveriam ser transferidos para outros bairros;
·
Adquirir entre 400 à 600
autocarros para assumirem em pleno o transporte colectivo de passageiros em
Maputo ou em Maputo e Matola. Este aumento do número de autocarros poderia
acontecer por iniciativa do sector privado ou por investimento público ou ainda
pela parceria público-privada;
·
Extinguir a Portagem na ligação
entre a Cidade de Maputo e Matola, aumentar o número de faixas de rodagens
nesse trajecto, construir mais passadeiras aéreas de modo a transformar-se esta
via numa auto-estrada (via rápida) e envolver os habitantes das faixas laterais
na campanha de sensibilização quanto a importância de se usar as passadeiras e
evitar-se que as pessoas cruzem a estrada despreocupadamente como tem
acontecido neste preciso momento;
·
Reabilitar e reabrir a estrada
velha que permite a ligação alternativa entre a Cidade de Maputo e Matola;
·
Utilizar racionalmente as linhas
de comboio que são actualmente um dos activos da cidade mais desaproveitados e que
poderiam ser uma ferramenta importante na estratégia dos transportes urbanos
para a cidade e uma mais-valia na melhoria de acessibilidade para os seus
habitantes (que trabalham em Maputo e têm a Província do Maputo como
dormitório). Por exemplo, a linha da Matola-Gare poderia ser uma alternativa
para os habitantes do Fomento, Liberdade, Machava, Nkobe e Tchumene. A linha de
Marracuene poderia servir de forma eficaz os habitantes de Laulane, Mahotas,
Magoanine e Albazine. E se a utilização do comboio for bem-sucedida, há ainda a
possibilidade de explorar a linha de ligação à Boane, correntemente fora do
sistema de comboio urbano em vigor e servindo os habitantes de Malhampswene,
Matola Rio, Mozal e Boane. Para que o comboio seja, de facto, uma opção
credível, três medidas são imprescindíveis: o aumento do número de automotoras,
o aumento da frequência; a melhoria das infra-estruturas existentes, em
particular a construção de apeadeiros próprios e a articulação e integração
tarifária com os restantes meios de transportes.
·
Reactivar a ligação fluvial
entre o cais de Maputo, perto da Baixa e Matola Rio de modo a complementar os
restantes transportes urbanos e permitindo uma ligação mais rápida à Matola e à
Matola Rio.
·
Promover a integração de todos
os serviços (TPM, barcos, comboios, etc) numa única plataforma tarifária que
seja economicamente viável para os utentes e em que os passageiros não tenham
que pagar muitas vezes para fazer um mesmo trajecto, mesmo que para este
percurso tenham de usar vários meios de transporte. O bilhete adquirido deveria
ser válido no barco, no autocarro e nos comboios, cabendo ao Estado definir a
partilha de receitas pelos operadores envolvidos.
·
Melhorar o planeamento do Centro
da Cidade, encorajar a construção de supermercados, centros comerciais, escolas
secundárias, técnicas, creches, hospitais centrais, universidade, bibliotecas,
cinemas, parques de venda de viaturas, pequenas indústrias, mercados informais,
terminais rodoviários nos restantes distritos urbanos;
·
Construir delegações dos
serviços de migração, identificação civil, registos e notariados, finanças,
serviços de viação, entre outros, de modo a que parte dos utentes desses
serviços não tenham que se deslocar para o distrito urbano N°1
para ter acesso ao passaporte, bilhetes de identidade, balcões únicos de
atendimento, carta de condução, livretes, manifesto das viaturas, etc.
·
Implementar o projecto da
Circular de Maputo;
·
Abrir novas estradas e
requalificar as vias existentes, sobretudo na zona periurbana.
·
Reabilitar e efectuar a
manutenção periódica das estradas existentes;
·
Melhorar o funcionamento do sistema de
drenagem.
·
Temporizar os semáforos para
responderem optimamente aos fluxos de tráfego;
·
Aprovar normas municipais que
restrinjam a construção de grandes edifícios de escritórios, no distrito urbano
N°1 sem um parque de estacionamento interno e
apropriado para ao fluxo de carros que passará a movimentar;
·
Captar ajuda (financeira e
know-how) de países, universidades e ou empresas nacionais e estrangeiras para
um projecto inovador da região;
·
Maior rigor por parte da Policia
camarária no controlo dos “chapas” que inferniza o trânsito impunemente;
·
Endurecer as coimas por violação
grosseira das normas do trânsito, especialmente para os “chapas”;
·
Endurecer as coimas para as
empresas que promovem aos cortes nas estradas para a montagem de cabos
eléctricos e outros quando não procedam a reparação, durável, adequada e
atempada dos cortes efectuadas;
·
Fazer o alinhamento das tampas
de sarjetas com o nível das estradas de modo a não dificultar a circulação
adequada das viaturas bem como a não provocar danos nos carros;
·
Reorganizar a instalação das
paragens e das terminais dos transportes públicos de modo a descongestionar as
principais vias onde se encontram localizadas essas mesmas terminais;
·
E por fim, fomentar uma política
de descompensação das urbes, criando condições para que as pessoas emigrem
naturalmente para os bairros periféricos e para o interior da província de
Maputo;
Concluindo,
cabe portanto ao governo central e as autoridades municipais assumirem que a
busca de soluções para o problema dos transportes
públicos e do tráfego rodoviário na Cidade de Maputo é de facto uma prioridade
nacional e um imperativo para a funcionalidade da cidade. Todos os estudos até
aqui realizados e outros contributos provenientes das universidades, do sector
privado e de outros órgãos governamentais deveriam merecer uma sistematização e
um melhor aproveitamento nesta busca de soluções para os problemas
identificados. Não se pode adiar por mais tempo a solução destes problemas
sobre o risco de se pôr em causa a produtividade e a habitabilidade da nossa
cidade capital e perpetuar-se o sofrimento dos munícipes que há muito clamam
por uma solução duradoira e sustentável quer seja a curto como a médios prazos.
É imperioso que o nosso contrato social seja ciclicamente renovado e compete ao
governo central e as autoridades municipais assumirem a parte que lhes cabe de
modo a transformar a nossa cidade num local aprazível e acolhedor para se morar,
trabalhar e visitar. O combate a pobreza e a luta pela elevação da nossa
auto-estima passa necessariamente por se ultrapassar mais este pesadelo da
nossa história como Estado e como Cidade Capital. Haja vontade e coragem para
se levar avante com as propostas e sugestões aqui formuladas.
Referência bibliográfica:
·
Araújo,
André Rodrigues Antunes. 2010. “Estudo do funcionamento dos transportes
públicos em Maputo e desenvolvimento de acções de melhoria.”Dissertação de
Mestrado integrado em Engenharia Industrial e Gestão da Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto.
·
Matos,
António. 2003. “Planeamento de um sistema de transportes colectivos de
passageiros numa zona metropolitana: o caso da província de Maputo.”
Dissertação de Doutoramento da Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto.
algo muito importante que se deve verificar de forma a solucionar a problemática dos transportes,mas eis a questao?será que até agora não ha evidencias possiveis de se resolver esse problema ou menbros do governo estao a espera de investimentos estrangeiros de modo a usufruirem das doacões monetárias ou ainda sobre a questao das vias alternativas que se podem adoptar de modo a solucionar o congestionamento no transito maputo -matola,esta se a espera de projectos estrangeiros,ou já há desvios fundos por parte das elites,algo está mal,como dizia karl marx:para se solucionar determinados problemas que afectam o proletariado ou cidadãos actualmente,em ultimá instãncia há necessidade da classe operária tomar CONSCIÊNCIA DEFINITIVA SOBRE A PROBLEMATICA VIGENTE E AGIR DE FORMA A SAVAGUARDAR OS SEUS VERDADEIROS INTERESSES COMUNS nesse caso no pais se verifica um regime democrático liberal sendo uma Ditadura oculta da burguesia,ond as decisões sob ponto de vista do processo decisório esta a favor dessa classe,optaria por falar sobre o modelo elitista das politicas públicas ao qual beneficia as elitites no topo e as massas que é são mais vulneráveis...deve haver uma participação efectiva da sociedade civil na arena politica,o problema está na capacidade,e disponibildade por parte desta...
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