A Nossa Visão
JUNTOS VAMOS FAZER DE MAPUTO:
·
Uma Cidade viável, limpa, segura, próspera
e inclusiva.
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A Nossa Missão
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Os Nossos Valores
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COMO
TORNAR A CIDADE DE MAPUTO, VIÁVEL, LIMPA,
SEGURA, PRÓSPERA E INCLUSIVA?
De forma detalhada e em 5 capítulos iremos apresentar-vos
as propostas gerais e especificas que acreditamos poderem contribuir
decisivamente para transformar a Cidade de Maputo, nos próximos 5 anos, numa
Cidade viável, limpa, segura, próspera e
inclusiva.
I
Como
tornar a cidade de Maputo viável?
1. Tráfego Rodoviário e Transportes Públicos
O crónico problema do tráfego rodoviário e dos transportes públicos nas
cidades moçambicanas, e muito em particular na cidade de Maputo, requer das
autoridades governamentais e municipais uma análise profunda e a adopção de
acções concretas visando inverter definitivamente o cenário actual. Não se pode
adiar por mais tempo a solução destes problemas, sob o risco de se pôr em causa
a produtividade e a habitabilidade da nossa Cidade-Capital e perpetuar-se o
sofrimento dos munícipes, que há muito clamam por uma solução duradoira e
sustentável, quer seja a curto como a médio prazos. É imperioso que às autoridades
municipais assumam as suas responsabilidades neste sector de modo a garantir a
mobilidade de pessoas e bens, e transformar a nossa cidade num local aprazível
e acolhedor para se morar, trabalhar e visitar.
a) Tráfego Rodoviário
As
propostas abaixo indicadas, podem certamente inverter, a curto e médios prazos,
o problema de tráfego rodoviário na cidade de Maputo:
·
Limitar gradualmente o número de “chapas” nas vias
principais e particularmente no DM Ka Mpfumo, os quais devido à sua reduzida
lotação e ao seu comportamento na estrada se torna uma forma de transporte
pouco eficiente e pouco seguro do ponto de vista da fluidez de tráfego
rodoviário:
·
Substituir gradualmente os “chapas”,no centro da
cidade, por autocarros dos Transportes Públicos de Maputo (TPM) nas principais
avenidas poderia certamente contribuir para a minimização do problema de
congestionamento, desde que se criem faixas de rodagem exclusivas para
autocarros, táxis, bombeiros e ambulâncias e se aumente a frota de autocarros
dos TPM e integrar os “chapas”nas zonas periféricas da cidade;
·
Alargar o espaço disponível de forma a aumentar o
número de faixas de rodagem, assim como criar zonas de estacionamento
apropriadas. O espaço necessário pode ser obtido por diminuição da largura do
separador central e do encurtamento dos passeios, o que não trará prejuízos
para os pedestres, porque são suficientemente largos. Pode até representar uma
melhoria considerável, visto que actualmente o estacionamento ocorre em cima
dos próprios passeios;
·
Proibir a instalação de parques de venda de
“viaturas usadas” na Central Business District (CBD) da cidade e promover em
parceria com o sector privado a construção de parques de estacionamento nesses
locais de modo a contribuir para aumentar as condições de estacionamento e
aliviar o congestionamento da cidade. Os parques de venda de carros usados
deveriam ser transferidos para outros bairros;
·
Extinguir a portagem na ligação entre a cidade de
Maputo e Matola, aumentar o número de faixas de rodagem nesse trajecto,
construir mais passadeiras aéreas de modo a transformar-se esta via numa
auto-estrada (via rápida) e envolver os habitantes das faixas laterais na
campanha de sensibilização quanto à importância de se usar as passadeiras e
evitar-se que as pessoas cruzem a estrada despreocupadamente como tem
acontecido neste preciso momento;
·
Reabilitar e reabrir a Estrada Velha, que permite a
ligação alternativa entre a cidade de Maputo e Matola;
·
Implementar o projecto da Estrada Circular de
Maputo;
·
Abrir novas estradas e requalificar as vias
existentes, sobretudo na zona peri-urbana;
·
Reabilitar e efectuar a manutenção periódica das
estradas existentes;
·
Melhorar o funcionamento do sistema de drenagem;
·
Temporizar os semáforos para responderem optimamente
aos fluxos de tráfego;
·
Aprovar normas municipais que restrinjam a
construção de grandes edifícios de escritórios no DM Ka Mpfumo sem um parque de
estacionamento interno e apropriado para ao fluxo de carros que passará a
movimentar;
·
Captar ajuda (financeira e know-how) de países,
universidades e/ou empresas nacionais e estrangeiras para um projecto inovador
da região;
·
Maior rigor por parte da Polícia Municipal no
controlo dos “chapa” que inferniza o trânsito impunemente;
·
Introduzir refeição diária para os Policias
Municipais como uma das formas de desencorajar actos de corrupção;
·
Endurecer as coimas por violação grosseira das
normas do trânsito, especialmente para os “chapa”;
·
Endurecer as coimas para as empresas que promovem
os cortes nas estradas para a montagem de cabos eléctricos e outros quando não
procedam à reparação durável, adequada e atempada dos cortes efectuados;
·
Fazer o alinhamento das tampas de sarjetas com o
nível das estradas de modo a não dificultar a circulação adequada das viaturas
bem como a não provocar danos nos carros;
·
Reorganizar a instalação das paragens e das
terminais dos transportes públicos de modo a descongestionar as principais vias
onde se encontram localizadas essas mesmas terminais; e,
·
Melhorar a segurança
nos transportes de pessoas e bens;
b) Transportes Públicos
As
propostas abaixo indicadas, podem certamente inverter, a curto e médios prazos,
o problema de transporte urbano na Cidade de Maputo:
·
Adquirir entre 400 e 600 autocarros para assumirem
em pleno o transporte colectivo de passageiros em Maputo ou em Maputo e Matola.
Este aumento do número de autocarros poderia acontecer por iniciativa do sector
privado ou por investimento público ou ainda pela parceria público-privada;
·
Utilizar racionalmente as linhas de comboio que são
actualmente um dos activos da cidade mais desaproveitados e que poderiam ser
uma ferramenta importante na estratégia dos transportes urbanos para a cidade e
uma mais-valia na melhoria de acessibilidade para os seus habitantes (que
trabalham em Maputo e têm a província do Maputo como dormitório).
·
Por exemplo, a linha da Matola-Gare poderia ser uma
alternativa para os habitantes do Fomento, Liberdade, Machava, Nkobe e
Tchumene. A linha de Marracuene poderia servir de forma eficaz os habitantes de
Laulane, Mahotas, Magoanine e Albazine. E se a utilização do comboio for
bem-sucedida há ainda a possibilidade de explorar a linha de ligação à Boane,
correntemente fora do sistema de comboio urbano em vigor e servindo os
habitantes de Mahlampswene, Matola-Rio, Mozal e Boane. Para que o comboio seja,
de facto, uma opção credível, três medidas são imprescindíveis: o aumento do
número de automotoras, o aumento da frequência; a melhoria das infra-estruturas
existentes, em particular a construção de apeadeiros próprios e a articulação e
integração tarifária com os restantes meios de transportes;
·
Reactivar a ligação fluvial entre o cais de Maputo,
perto da Baixa e Matola-Rio de modo a complementar os restantes transportes
urbanos e permitindo uma ligação mais rápida à Matola e à Matola-Rio;
·
Promover a integração de todos os serviços (TPM,
barcos, comboios, etc.) numa única plataforma tarifária que seja economicamente
viável para os utentes e em que os passageiros não tenham que pagar muitas
vezes para fazer um mesmo trajecto, mesmo que para este percurso tenham de usar
vários meios de transporte. O bilhete adquirido deveria ser válido no barco, no
autocarro e nos comboios, cabendo ao Estado definir a partilha de receitas pelos
operadores envolvidos;
·
Como levar a cidade aos
cidadãos e tornar a cidade mais inclusiva/mais próxima do cidadão?
2. Descentralização e descompensação da Cidade
·
É preciso melhorar o planeamento do centro da Cidade,
encorajar a construção de supermercados, centros comerciais, escolas
secundárias, escolas técnico-profissionais, creches, hospitais centrais,
universidade, bibliotecas, cinemas, parques de venda de viaturas, pequenas
indústrias, mercados formais e informais, terminais rodoviários nos restantes
distritos urbanos de
modo a contribuir para o descongestionamento do tráfego rodoviário na baixa e
nos actuais locais onde funcionam estes serviços e levá-los para mais perto do
cidadão, garantindo, assim, um atendimento acessível e em tempo útil.
·
Construir delegações dos serviços de migração,
identificação civil, registos e notariados, finanças, serviços de viação, entre
outros, de modo a que parte dos utentes desses serviços não tenham que se
deslocar para o Distrito Municipal Ka Mpfumo para ter acesso ao passaporte,
bilhete de identidade, balcões únicos de atendimento, carta de condução,
livretes, manifesto das viaturas, etc.
·
Por fim, fomentar uma política de descompensação
das urbes, criando condições para que as pessoas emigrem naturalmente para os
bairros periféricos e para o interior da província de Maputo a partir das
condições atractivas que serão criadas para o efeito nesses bairros.
II
·
Como tornar a cidade de Maputo Limpa?
Mercados informais e os
vendedores ambulantes.
A
proliferação de mercados informais e de vendedores ambulantes pela cidade do
Maputo deve constituir um motivo de preocupação e merecer uma abordagem
sociológica, antropológica e também económica, com o envolvimento das partes
directamente envolvidas mas sem nunca descurar daquilo que deve ser a postura
camarária de qualquer cidade que se preze como tal.
Não
podemos ignorar o número de pessoas que dependem, directa ou indirectamente, do
rendimento desta actividade para o seu sustendo e das suas famílias. Contudo, não
podemos permitir que a anarquia e o total desgoverno imperem sobre as leis e
sobre a vida urbana.
É um
facto que os mercados do Estrela Vermelha, Mandela, Museu, Fajardo, entre
outros, espalhados por toda a cidade, não dispõem do mínimo de higiene e de
condições de trabalho e, não raras vezes, comercializam produtos que atentam
contra a saúde das pessoas e até mesmo produtos de proveniência duvidosa, o que
impõe necessariamente que se faça algo visando alterar esta situação sob o
risco de também sermos todos nós cúmplices da mesma. Devemos, o mais urgente
possível, buscar alternativas que visem inverter este estado de coisas de modo
a conferir maior dignidade a todos nós e que se tome, de facto, uma decisão
visando repor a governação de uma cidade que se pretende limpa, segura e
funcional;
A Lei
deve ser para todos e todos os cidadãos devem ser tratados de igual modo pelas
leis em vigor. Não se pode exigir que determinados cidadãos que queiram iniciar
uma actividade comercial tenham de cumprir determinados requisitos e estejam
sujeitos a inspecções e a vistorias pelas autoridades competentes e paguem os
impostos enquanto outros não se sujeitam a nenhuma destas exigências e nem
sequer pagam os impostos devidos. Somos todos cidadãos de plenos direitos deste
país, e sendo assim, há que se exercer o princípio de igualdade consagrado
constitucionalmente.
c) Como transformar os
espaços actualmente ocupados pelos mercados informais?
É necessário redefinir esses espaços
e maximiza-los, de modo a que possam coabitar múltiplos serviços afins,
incluindo o próprio mercado e outros de interesses dos cidadãos em geral, e dos
mais carenciados, em particular, pois não é admissível continuarmos a conviver
com barracas que vendem desregradamente álcool, nas proximidades de
instituições socioeducativas e hospitalares como acontece, por exemplo, com as
barracas do mercado do Museu, ao lado da Escola Secundária Josina Machel, e onde
não existem condições higiénicas e sanitárias mínimas.
Nestes
locais, poderão funcionar paralelamente, para além das actividades do próprio
mercado, os serviços de apoio ao cidadão (lojas do cidadão) onde os munícipes
possam ter acesso aos serviços para a obtenção do bilhete de identidade, serviços
de pagamento de bens de consumo como água e electricidade, passaporte, carta de
condução, certidões de nascimento, atestado de residência, serviços de cartório
e notariado, correios, serviços aduaneiros, licenciamento das actividades
económicas, entre outros serviços prestados ao cidadão, pelo Estado, em geral,
e pelo município, em específico;
Poderão ainda ser erguidos nesses
mesmos espaços parques de estacionamento, cafés, restaurantes e outras
actividades de cariz comercial que possibilitassem a arrecadação de receitas
indispensáveis ao funcionamento condigno do próprio município, com sanitários,
saneamento do meio e em condições humanamente aceitáveis e apropriadas como
acontece em qualquer cidade que se preze como tal.
d) Como organizar e
formalizar as actividades desenvolvidas actualmente pelos vendedores de rua?
Os passeios e as bermas das estradas foram tomados
pelos vendedores de rua impedindo a livre circulação de bens e pessoas,
perigando o trânsito rodoviário e aumentando os problemas de saúde pública pela
ausência de sanitários públicos e da regularidade e eficiência com que se
procede a limpeza e a recolha dos resíduos sólidos produzidos ao longo do dia
por esta actividade. É urgente a adopção de medidas visando inverter este
estado de coisas, acautelando-se os aspectos que possam agravar a exclusão
social e garantindo-se a inserção social desta massa laboral no mercado formal
da economia. Para o efeito pretendemos criar feiras semanais e feiras diárias
que possibilitem a absorção de parte considerada destas pessoas com vista a
permitir que os mesmos possam contribuir para a economia local e para uma
Cidade mais limpa, viável e funcional.
Pretende-se ainda, através de uma postura camarária,
introduzir-se a obrigatoriedade de os utilizadores das feiras municipais
realizarem limpezas diárias nos locais de actividade.
A maior parte dos vendedores informais deverão
beneficiar de cursos de capacitação ou de formação técnico profissional de modo
a facilitar a sua reorientação profissional e ocupacional futura.
Não se pode permitir que uma população jovem e
economicamente activa e que muita falta faz ao mercado de trabalho e a economia
nacional permaneça ociosa e vitaliciamente a vender nas ruas da nossa cidade.
Urge encontrar-se alternativas de emprego e auto emprego para esta camada
populacional.
e) Como transformar a marginal da Costa do Sol num local aprazível para
residentes e turistas?
Ao percorrermos a marginal e o seu prolongamento
pela Costa do Sol, deparamo-nos com outro fenómeno também preocupante no qual
as pessoas vendem na rua e de forma desregrada bebidas alcoólicas, confeccionam
comida sem o mínimo de higiene e sem sanitários e onde a árvore do passeio, a
praia e o próprio passeio servem de sanitários e lixeira. A marginal dever ser o espelho
da nossa cidade e o local aprazível para se
estar com familiares e amigos para os momentos de lazer e a prática do
desporto.
Para o efeito, defendemos que após a reabilitação
da área de protecção costeira, da avenida da marginal e da construção da “circular
do Maputo”, a marginal da Costa do Sol deverá ser transformada, numa zona
verdadeiramente cosmopolita e comercialmente atractiva onde se possa incentivar
a construção de novas infra-estruturas de restauração e hotelaria, marinas para
barcos de recreio, casas de banhos e balneários públicos, onde se possa
reservar locais para a prática do futebol, voleibol de praia entre outros
desportos e serviços de lazer e de praia como acontece noutras cidades do
mundo.
3. Infra-estrutura
e Saneamento do meio.
Há
já muitos anos que as Infra-estruturas e o saneamento do meio não têm
beneficiado de uma reabilitação e manutenção de qualidade e com a regularidade
e celeridade que se exige. Portanto, não só não se reabilitam de forma
eficiente como também não se realizam as manutenções periódicas das mesmas. A
consequência é sobejamente conhecida por todos nós: a protecção da Marginal ficou
toda destruída pela força das águas pondo em perigo a circulação de carros e
pessoas e as infra-estruturas erguidas nessa região e requerendo neste momento
somas avultadas de recursos financeiros e materiais para custear a reabilitação
em curso. Os sistemas de esgotos na maior parte da Cidade encontram-se
danificados e obstruídos, perigando a sobrevivência da Cidade sempre que chove
e contribuindo para o agravamento dos problemas de saúde pública. A esta
realidade, acresce-se ainda os constantes roubos das tampas das sarjetas e a
ausência de uma intervenção pontual das autoridades municipais como forma de
minimizar e até prevenir o agravamento dos casos sobejamente conhecidos. As
estradas encontram-se totalmente esburacadas e necessitando de uma reabilitação
de qualidade e manutenções céleres e regulares de forma a não danificar as
viaturas e possibilitar a viabilidade e a transitabilidade do tráfego
rodoviário. Os passeios há muito que clamam por uma reabilitação. Portanto,
defendemos a adopção de determinadas acções visando inverter este estado de
coisas:
·
Alargar
e abrir novas estradas na Cidade de Cimento e nos restantes bairros;
·
Melhorar
o saneamento do meio com através da reabilitação das estradas incluindo
sistemas de drenagem para o escoamento das águas de chuva;
·
Garantir
iluminação e transitabilidade segura e de qualidade na via publica e em todos
os bairros;
·
Reabilitar
os jardins e parques municipais;
·
Fazer
respeitar a postura camarária;
·
Facilitar
o acesso à água potável e canalizada a residências legalmente construídas;
·
Assegurar
uma manutenção célere e regular da “nossa marginal” de modo a combater a erosão
costeira e a minimizar os seus efeitos nefastos;
·
Requalificar
a zona da Marginal da Cidade de modo a torna-la mais turística e mais acessível
à todos mas de forma ordeira e urbana;
·
Requalificar
bairros periurbanos e em parceria com o sector privado e com o Fundo de Fomento
Habitação, construir-se edifícios residenciais de 3 andares, ou mais;
·
Alargar
as actividades de planeamento urbano e alargar o crescimento da Cidade através
do incentivo à expansão de infra-estruturas sociais e económicas adequadas;
·
Conceder
o apoio à reconstrução/reabilitação dos edifícios emblemáticos da cidade,
começando pelos que se encontram manifestamente degradadas e ponham em causa a
imagem da cidade e a segurança dos cidadãos;
·
Aumentar
o número de veículos apropriados para a recolha do lixo e estabelecer parcerias
público-privado visando melhorar e expandir qualitativamente o serviço de
recolha e tratamento;
·
Estabelecer
parcerias com países com larga experiência na recolha e tratamento do lixo;
·
Melhorar
os aterros sanitários de modo a evitar-se a contaminação dos solos em zonas do
Município com elevado nível freático;
III
·
Como tornar a cidade de Maputo mais segura?
4. Liberdade, Segurança e
Ordem Pública: Proteger Pessoas e Bens.
Em Moçambique, todos os
cidadãos têm direito constitucional à segurança e a sua Polícia, em colaboração
com outras instituições do Estado, tem a função de garantir a lei e a ordem, a
salvaguarda da segurança de pessoas e bens, a tranquilidade pública, o respeito
pelo Estado de Direito Democrático e a observância estrita dos direitos e
liberdades fundamentais dos cidadãos. No exercício das suas funções, a Polícia,
obedece a lei e serve, com isenção e imparcialidade os cidadãos e as
instituições públicas e privadas.
Entendemos que a SEGURANÇA de pessoas e
bens, constitui uma das principais razões do ESTADO e um direito do Cidadão.
Os
Moçambicanos residentes na Cidade de Maputo, têm o direito de viver e
desenvolver as suas actividades num ambiente calmo e seguro livre das ameaças
constantes dos criminosos.
Uma das
consequências da pobreza prolongada e do desemprego crónico são os chamados
comportamentos desviantes e/ou marginais como a criminalidade, a prostituição,
a delinquência, o alcoolismo, insegurança, etc.
A Cidade de
Maputo, tem sido nos últimos 10 anos, vítima das mais diversas manifestações
dos criminosos. As atitudes criminosas que se registam na Cidade de Maputo são
de vária ordem: crimes violentos contra pessoas, crimes contra os bens dos
munícipes e crime organizado. Nota-se, por outro lado, uma relativa apatia das autoridades policiais no combate e
esclarecimento de vários crimes que causam dor e luto e elevados danos humanos
e materiais, como é o caso de assassinatos, mutilações, raptos, tráfico de
pessoas, roubos a residências, violações de crianças e mulheres, tráfico de
órgãos humanos para fins de rituais satânicos, assaltos aos bancos, roubo de
celulares, etc.
O recrudescer da criminalidade e o
surgimento de novos tipos de crimes, muitos dos quais utilizando técnicas
altamente sofisticadas, exigem do Governo Municipal, junto com o Governo
Central, a redefinição célere de toda a sua estratégia de combate ao crime,
adopção de tecnologias apropriadas, capacitação adequada das suas forças
policiais, políticas remuneratórias e de segurança social adequada a estas
forças e uma maior vigilância quanto a possíveis infiltrações, no seu seio, de
agentes activos e passivos ligados ao crime organizado mas, acima de tudo, uma
acção rápida e concertada no sentido de não passar para a sociedade o sentimento
de apatia, falta de vontade ou até mesmo de aparente cumplicidade com o crime.
Nesta batalha, a competência primeira e
última pertence a Polícia, e a mesma não pode e nem deve demitir-se das suas
responsabilidades.
Assim,
pretende-se:
·
Reorganizar a Polícia Camarária de modo trabalhar em
estreita ligação com a Polícia da República de Moçambique;
·
Melhorar o sistema de arruamento e o sistema de iluminação
pública sobretudo dos bairros periféricos;
·
Introduzir
o processo de auscultação pública visando aferir qual a melhor abordagem no
tratamento dos delinquentes menores de idade;
·
Estabelecer
parcerias com centros que administrem programas de recuperação e reintegração
dos delinquentes menores de idade na sociedade;
·
Construir postos policiais em todos os bairros,
apetrecha-los e atribuir uma cesta básica aos polícias afectos com vista a
elevação da moral e da prontidão combativa dos mesmos diante do crime. As
instalações construídas pelo Conselho Municipal deverão posteriormente ser cedidas
a gestão do Ministério do Interior no âmbito da parceria que se pretende
estreitar com este organismo do governo central;
·
Maximizar e partilhar o uso dos
meios que a Policia Municipal dispõe com a Policia da Republica de Moçambique de
modo a permitir que os patrulhamentos, particularmente nocturnos sejam
reforçados e melhorados;
·
Introduzir em parceria com o
sector privado o uso de câmaras de segurança para filmar o movimento de bens e
pessoas nas principais artérias da cidade como forma de contribuir na prevenção
e combate ao crime e a delinquência juvenil;
·
Reorganizar o processo de
selecção e gestão da policia comunitária, privilegiando-se uma estreita
colaboração com os moradores e as autoridades policiais em geral;
·
Combater de forma eficaz e
contundente a venda de bebidas alcoólicas em horários e nos locais proibidos
por lei;
·
Promover a criação de
oportunidades de emprego para os jovens de modo a evitar que estes ingressem
para o mundo do crime;
·
Formular
estratégias firmes de combate ao desemprego, promoção de auto-emprego e criação
de incentivos aos jovens empreendedores de modo a evitar o ingresso de mais
pessoas no mundo do crime;
IV
·
Como tornar a cidade
de Maputo mais próspera?
5. A habitação
como um direito de cidadania.
Diz
o ditado: “Quem casa quer casa”.
A
habitação constitui, desde há alguns anos, um dos principais dilemas de milhões
de cidadãos, particularmente jovens que após concluir os estudos ou após
contraírem matrimónio desejam um lugar para morar.
A
habitação própria constitui um imperativo para o desenvolvimento da cidade de Maputo.
“Todos os
cidadãos têm direito à habitação condigna, sendo dever do Estado, de acordo com
o desenvolvimento económico nacional, criar as adequadas condições
institucionais, normativas e infra-estruturais” – artigo 91 da Constituição da República de Moçambique.
Com
o advento da independência nacional e o processo de nacionalizações dos imóveis
de rendimento, decretado pelo governo moçambicano, muitas famílias moçambicanas
passaram a dispor de habitação condigna, e o Estado ilibou-se, em parte,
durante muitos anos, da sua responsabilidade social em providenciar serviços e
facilidades de acesso, em condições bonificadas, à habitação.
Em
muitos países, os governos municipais concebem programas que visam
essencialmente assegurar o acesso dos munícipes à habitação. Estes programas
contemplam variadas modalidades que vão desde o crédito bancário com juros
bonificados e com reembolsos a longo prazo, lotes de terrenos
infra-estruturados, parcerias público-privadas com o objectivo de requalificar
alguns bairros e ou solos urbanos de modo a conferir maior dignidade aos seus
cidadão, de modo a permitir que o acesso a habitação e a modernização das
cidades se torne uma realidade - dentro de uma perspectiva de inclusão e de
maior participação do cidadão na redistribuição da riqueza nacional.
Não
é segredo para ninguém que o negócio do solo urbano é uma realidade
incontornável e que contribui negativamente para a especulação imobiliária
nesta Cidade, enriquecendo ilegalmente alguns grupos organizados sob o olhar
cúmplice das nossas autoridades e em nada contribuindo para a arrecadação das
receitas dos cofres do Estado.
É
exactamente pensando neste negócio que nos questionamos sobre o que impede de
ser o Município a realizar estas transacções arrecadando receitas e ao mesmo
tempo propiciando facilidades para que os cidadãos mais carenciados,
particularmente os jovens, recém-casados, jovens recém-formados, professores,
policias, enfermeiros, médicos, entre outros, possam ter acesso à habitação ou
um terreno infra-estruturado onde possa iniciar a construção da sua casa
própria e de forma faseada dependendo dos seus rendimentos mensais?
Muitos
dirão: mas a terra não pode ser vendida e a nossa Constituição é muito clara
nesse aspecto. Estamos plenamente de acordo mas pensamos, no entanto, existirem
mecanismos jurídicos para contornar-se essa proibição, sem prejudicar, de facto
e de direito, esta disposição constitucional e beneficiar os nossos munícipes.
Por
exemplo nada impede que Município de Maputo reserve, desde já, as áreas nas
proximidades de onde está-se a construir a Circular de Maputo, e parte da
Catembe que todos sabemos estarem hoje subaproveitados, revertendo os mesmos a
favor do Estado e, no âmbito da parceria público-privado negociar com o sector
privado a concessão de parte destes espaços obtendo em contra partida o
financiamento para urbanização das áreas ainda não urbanizadas, as quais
poderiam ser concedidas aos cidadãos em geral que desejem construir as suas
casas.
Certamente
que o cidadão que receber do Município um terreno infra-estruturado com o
acesso a água, energia eléctrica, saneamento, estradas, iluminação pública e
com escola, centro de saúde e esquadra da polícia por perto, estará muito mais
motivado para iniciar com a construção da sua casa de forma faseada.
Por
outro lado, o Município irá ainda negociar com a banca comercial; as
construtoras; as imobiliárias; o governo central e os parceiros da cooperação com
o objectivo de se criar um programa de construção de condomínios que tenha como
grupo-alvo a classe média emergente de modo a baratear os custos de produção e
facilitar o acesso a casa própria a este extracto social que pode pagar um
pouco mais e pode ainda contribuir para o financiamento do programa de
habitação das casas sociais que o Município, em parceria com o Fundo de
Habitação, irá também implementar para aqueles extractos sociais mais
carenciados, que também necessitam de casa própria.
Na
nossa opinião, e porque em Moçambique estão se descobrindo grandes depósitos de
gás natural e jazigos de carvão mineral, torna-se mais fácil o governo negociar
financiamentos com juros bonificados e com reembolsos de longos prazos, com
variadas instituições financeiras que permitam aos Municípios a criação de um fundo
de financiamento da casa própria e com juros que podem ser suportados por um
largo extracto da nossa sociedade e particularmente pelos jovens.
6. A requalificação
dos bairros actualmente degradados.
7.
Existe uma relação entre a
Requalificação dos bairros, os desafios da Habitação e o crescimento da própria
cidade. Para uma boa imagem da
cidade, a estrutura de novos bairros e políticas de incentivo ao empresariado local
para o cumprimento do seu papel na cidade, serão uma prioridade.
Com a
requalificação da Cidade, os espaços, subaproveitados ou que tenham construção
desordenada, serão usados de forma racional e responsável, obedecendo a todos
os critérios modernos de urbanização. Para tal adoptaremos modelos que
consistem na eliminação, gradual, de casas de construção de material precário e
em avançado estado de degradação, colocar em “leilão” os espaços vazios para
implantação de novos projectos, com implantação de construções verticais,
possibilitando a que, cada vez mais, munícipes, de diferentes extractos
sociais, possam ter acesso à uma habitação condigna.
A
questão associada à habitação, também tem a ver com a requalificação de alguns
bairros onde a parceria público-privada pode contribuir para resolver os
problemas do acesso às infra-estruturas básicas de saneamento e conferir uma
melhor imagem a cidade, e menos problemas de saúde pública.
É
um facto que muitas pessoas que hoje habitam alguns bairros periféricos sem
nenhumas condições de saneamento e com a ausência de quase todas as
infra-estruturas necessárias, estejam interessadas em trocar o seu talhão ou a
sua casa precária e mudar-se para novos bairros desde que lhes seja assegurada
uma casa condigna com acesso ao saneamento, água, energia eléctrica, iluminação
pública, posto de saúde, escola, posto policial e outros recursos.
O
sector privado pode ser o grande financiador deste programa de requalificação
dos bairros periféricos degradados em troca dos espaços para erguerem as suas
infra-estruturas comerciais desde que toda a transacção seja realizada sob a
égide do Município. Em última instância, haverá ganhos mútuos para todas as
partes envolvidas, tais como moradores dos bairros degradados, o sector privado
e o Município.
Deste
modo os problemas de saúde pública serão minorados, teremos uma cidade mais
moderna e com menos exclusão social, e toda esta movimentação irá naturalmente
implicar novas e mais oportunidades de emprego, bem como novas construções poderão
ser erguidas em diferentes bairros requalificados.
Uma
outra iniciativa que de forma determinante poderá também contribuir para a
redução dos custos de construção da casa própria no Município de Maputo, será pela
concessão de espaços infra estruturados e outras facilidades para atrair
unidades produtoras de materiais de construção que pretendam instalar-se em
nosso território. É que não se justifica que tenhamos de pagar valores elevados
para a compra de material de construção e muitas vezes de péssima qualidade
quando ao atravessarmos a fronteira com a vizinha África do Sul, constatamos
com espanto e admiração de que afinal de contas é possível produzir-se o mesmo
material mas de qualidade superior e com preços mais competitivos e acessíveis
bastando que haja vontade para tal. Então, que haja também vontade da parte do
nosso Governo e do nosso Município para que o propalado discurso do combate a
pobreza absoluta passe do papel à acção.
8. Sector
privado: a nossa aposta para a criação da riqueza e desenvolvimento do
Município de Maputo.
Consciente da importância
estratégica que o sector privado representa na criação da riqueza nacional e no
desenvolvimento da economia local, o nosso programa irá:
- Capacitar o empresariado local jovem, recém-formado ou com vocação
para tal com vista ao aumento de postos de trabalho de forma inclusiva e
ao aumento de rendimentos;
- Potenciar o empresariado local de modo a que este se desenvolva de
forma sustentável;
3.
Criar
benefícios e incentivos fiscais para a produção local e potenciar a indústria
local emergente;
- Promover o surgimento de operadores económicos que facilitem o
escoamento da produção agro-pecuária para os mercados de consumo;
- Criar incentivos que favoreçam o crescimento sustentável do
empresariado local que os permita competir em igualdade localmente e na
Região;
- Criar as condições para se reactivar, priorizar e modernizar a
actividade agro-industrial de pequena escala, de modo a aumentar os postos
de trabalhos, dinamizar o comércio ao nível do município e a qualidade de
vida das famílias;
- Incentivar o surgimento de pequenas e médias empresas com vista a
aumentar o emprego e crescimento económico;
- Promover o livre
empreendimento, a competição económica e a criação de mais empregos;
- Garantir que as
empresas privadas possam desenvolver as suas actividades livres da
influência e dos abusos do poder e que tenham a sua voz ouvida no que
afecta o seu sector;
- Assegurar que o
sector privado tenha direito a um ambiente de negócios aberto, justo e
estável.
9.
Produção de Alimentos e Abastecimento à Cidade
A Cidade de Maputo continua extremamente dependente da importação de
produtos alimentares provenientes da vizinha África do Sul e do distrito do
Chokwe, particularmente no concernente ao fornecimento da batata, cebola,
tomate e hortícolas. A actividade agrícola é das actividades que pode absorver
muita mão-de-obra, criar riqueza e contribuir decisivamente para o bem-estar
dos munícipes e dos pequenos produtores pelo que pretendemos introduzir um
programa que visa reorganizar a cadeia produtiva para o abastecimento regular
de produtos alimentares agrícolas, pecuários e manufacturados ao Município de
Maputo estimulando parcerias entre diferentes sectores afins ao nível do
Município, província e região;
10.
Planeamento Urbano e o Sector Produtivo
Qualquer Cidade moderna cresce
e se desenvolve com um projecto de planeamento urbano. O nosso projecto irá
privilegiar o crescimento da cidade respeitando a postura urbana e camarária,
garantindo que nas novas zonas de expansão haja espaços de desporto e lazer e
de desenvolvimento social e comercial;
Para o efeito pretendemos
definir e implementar com a colaboração activa dos munícipes o seguinte:
·
Zonas
de expansão industrial;
·
Áreas
para o fomento da agricultura urbana para abastecer os munícipes com hortícolas
e frutas;
·
Áreas
específicas e apropriadas para a promoção do sector agro-industrial de modo a
garantir o abastecimento de produtos alimentares de primeiras necessidades de
qualidade para os munícipes;
V
·
Como tornar a cidade de Maputo mais inclusiva?
1.
Emprego
Actualmente o emprego
constitui, cada vez mais, um grande problema social determinando, de algum
modo, as possibilidades e limitações dos indivíduos se sentirem integrados na
sua sociedade de pertença.
Quando não se tem emprego
também pode-se considerar que o indivíduo não está incluído e há uma factura
social que o mesmo paga dentro da sua família ou na sua comunidade.
A cidade de Maputo possui a
maior concentração populacional de Moçambique, com cerca de 2 milhões de
habitantes. Em Moçambique a maior parte da população, em idade economicamente
activa (PEA), não possui um emprego formal e esta população é na sua maioria
composta por jovens.
Em articulação com os sectores
formal, informal e as políticas governamentais o Governo Municipal irá criar o
Programa EMPREGO PARA O CIDADÃO, que
irá absorver sobretudo, Jovens e Mulheres.
Ainda nesta área, pretende-se:
·
Ao
nível do relacionamento intersectorial, definir um programa entre as
universidades e os sectores privados para o aproveitamento de “novos
candidatos” de jovens e “cérebros” em formação e recém-formados para as médias
e grandes empresas existentes no Município de Maputo e Matola e muito em
particular nos megas projectos na área do carvão, gás natural e outros
empreendimentos espalhados pelo país;
·
Criar
uma empresa Municipal de Manutenção de Estradas e Pontes como forma de ampliar
os espaços de criação de emprego para jovens e mulheres;
·
Definir
critérios, do que se deve considerar de actividade económica informal e, em
função disso, proceder a sua formalização de modo a funcionarem dentro dos
padrões legais de emprego formal;
·
Estimular
a abertura de pequenas e médias empresas para jovens e cidadãos em situação de
desemprego prolongado, através do estabelecimento de parcerias com a banca e o
sector privado;
·
Criar
um programa, CIDADÃO EMPREENDEDOR, de reconhecimento, estímulo e incentivo para
entidades individuais e colectivas relevantes que contribuam para a criação de
mais postos de trabalho ao nível do Município de Maputo.
- Ampliar as
oportunidades de inserção de jovens, mulheres e incluindo trabalhadores
com mais de 40 anos no mercado de trabalho através de formação e
capacitação técnica continua e ajustada as necessidades do mercado em
constante mudanças.
2. A
nossa visão sobre a Saúde e a Educação.
f) Saúde
de Qualidade.
A malária, doenças diarreicas
e o HIV/SIDA constituem um grande desafio para uma saúde de qualidade para a
grande maioria dos munícipes.
Estado o sector da saúde
primária sob a gestão do Município de Maputo, a nossa estratégia prender-se-á,
em primeiro lugar, com acções de saúde preventiva. Neste âmbito, iremos
promover campanhas de:
·
Educação
higiénico-sanitária para reduzir e impedir o alastramento da malária e da
cólera;
·
Educação
nutricional para mães em estado pré-natal e em estado de amamentação;
- Fortalecer e
ampliar as acções preventivas das doenças sexualmente transmissíveis e do
HIV/SIDA, ampliando o acesso aos preservativos e às acções educativas,
- Contribuir para
uma maior SEGURANÇA ALIMENTAR PARA
OS MUNICÍPES como o mais importante mecanismo de prevenção da doença,
sobretudo para as crianças e pessoas mais carenciadas;
·
Redefinir
as estratégias de campanhas de prevenção do HIV/SIDA;
·
Desenvolver
parcerias com os sectores da Saúde e da Educação para reforças as campanhas de
sensibilização e prevenção de doenças endémicas prevalecentes na cidade de
Maputo;
·
Promover
campanhas regulares de pulverização em todos os bairros visando combater
mosquitos, baratas, ratos e outros insectos;
·
Incentivar
a construção e o apetrechamento de novos Centros de Saúde e Hospitais de
referência em todos os bairros de modo descongestionar os hospitais centrais
actualmente existentes e trazer os serviços de saúde para mais próximos do
cidadão.
·
Melhorar
o ambiente do meio através de actividades de drenagem das águas de chuva e dos
sistemas de esgotos;
·
Garantir
a existência de ambulâncias em cada hospital e posto de Saúde bem como em cada
bairro com a alocação de paramédicos;
·
Criar
serviços municipalizados de bombeiros e de salvação pública com a
comparticipação dos próprios munícipes com vista a prestação dos primeiros
socorros, emergências médicas e encaminhamento para hospitais ou postos de
saúde mais próximos;
g) Educação
de Qualidade.
Moçambique está a
entrar num novo ciclo de desenvolvimento e deve ser capaz, nos próximos anos,
de produzir e de se apropriar dos avanços científicos e tecnológicos, bem como
da produção cultural em todos os campos como uma das condições da ampliação e
do exercício de uma cidadania activa e inclusiva. O compromisso é o de melhorar
a qualidade de ensino. Por isso, a Educação de qualidade e ao alcance de todos
deve ser concebida como instrumento de produção, organização e difusão de
conhecimento e cultura.
Acreditamos na
importância multiplicadora do ensino técnico e profissional. Para o efeito será
atribuída prioridade no investimento para a expansão deste tipo de ensino.
Neste sector pretendemos:
- Reafirmar o compromisso com uma política
integrada de educação, reconhecendo-a como direito inalienável e
inadiável. Isso exigirá expressivos investimentos na ampliação e acesso ao
sistema escolar, bem como a democratização da gestão das unidades
educacionais no nosso município;
- Dar ênfase à superação do analfabetismo, à
inclusão digital, ao acesso mais amplo à educação profissional, técnica e
tecnológica de qualidade reconhecida;
- Incluir no Curriculum Escolar, uma disciplina
sobre EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA para crianças e adolescentes;
- Criar projectos de incentivo cultural ao
professor, facilitando o seu acesso a eventos culturais, ao material didáctico
como livros e computadores;
- Desenvolver a autonomia financeira, pedagógica
e administrativa das escolas;
h) Postura Urbana e Cultura de Cidadania
Neste âmbito
iremos desenvolver e implementar programas de Educação Cívica de modo a que se
desenvolva no munícipe uma forte cultura de respeito `as normas de “postura
urbana”. Os programas de educação cívica irão contribuir para termos, não
somente uma cidade limpa e ordeira, como também, reforçarmos o nosso sistema de
saúde preventiva.
A
violação de tais normas ligadas a postura urbana, poderá resultar na imposição
de sansões como a realização de trabalhos de Limpeza, recolha de lixo,
Divulgação e Educação a outros cidadãos e plantio de Arvores de modo a repor os
espaços verdes.
A
actividade da polícia camarária e do policiamento comunitário deverá ser
antecedido de uma forte componente de formação sobre cidadania e direitos
humanos, de modo a que a polícia conheça o seu papel na relação com o cidadão.
3. A nossa visão sobre o Meio Ambiente
No âmbito do meio ambiente serão
realizadas campanhas para o plantio de árvores, flores e construção de jardins
de modo a tornar a cidade um jardim e aprazível para se morar. Neste âmbito
serão desenhados e implementados dois projectos:
·
“MAPUTO,
CIDADE VERDE” tornando efectiva a política de plantio de árvores, reabilitando
e construindo novos jardins; e
·
Criar-se-ão
viveiros para o fomento da floricultura nos principais bairros municipais de
modo a sensibilizar nos munícipes para a necessidade da cultura do verde e do
jardim;
4. Turismo
O turismo constitui, nos dias
actuais, um dos mais importantes sectores de desenvolvimento de muitos países e
cidades. Trata-se de um sector extremamente sensível e delicado.
Infra-estruturas de qualidade, acompanhado de recursos humanos qualificados para
o sector podem gerar um ambiente propício para um rápido desenvolvimento da
nossa urbe.
Por outro lado, o incremento
do turismo e de outros serviços poderá ter um efeito induzido significativo em
certos sectores produtivos e de segurança, nomeadamente, a construção civil,
bens alimentares e bebidas.
Contudo, será necessário:
·
Potenciar
a indústria hoteleira existente no Município, a todos os níveis;
·
Criar
infra-estruturas de qualidade com pessoal qualificado ou treinado para
trabalhar no sector;
·
Melhorar
a imagem (degradada) da cidade de Maputo em relação a segurança, criminalidade
e limpeza;
5. Arte
e Cultura
·
Realizar
anualmente “A Semana da Arte e da Cultura”;
·
Montar
um estúdio de gravação e promover a formação de bandas musicais;
·
Incentivar
programas de descobertas de talentos ao nível da poesia, musica dança e artes
plásticas, cénicas incluindo trabalhos de artesanatos e escultura;
·
Potencializar
os festivais da MARRABENTA de modo a tornar-se numa festa de referência ao
nível nacional e internacional e constituir, ao mesmo tempo, um pólo de
atracção turístico;
·
Criar
um programa de registo de memória da cidade;
·
Elaborar o calendário
anual de manifestações e eventos culturais;
6. Bem-Estar,
Solidariedade e Inclusão
Os
munícipes de Maputo têm direito a uma vida melhor. Todos os munícipes devem ter
direito à oportunidades de acesso a formas de protecção pessoal, familiar e
social efectivas.
A
nossa governação irá contribuir para o fim da indiferença e pelo fim da
indigência, da fome e da pobreza na nossa urbe, aproveitando e valorizando os
recursos e as oportunidades existentes no nosso Município.
i) Criança e Adolescente
·
Manter
as prioridades de combate ao trabalho infantil, abuso e exploração sexual
infanto-juvenil, garantindo a atenção integral das políticas sectoriais;
·
Promover
a criação do Instituto da Criança
para o atendimento integral da criança e do adolescente.
j) Política para a Pessoa Idosa
Os idosos, na sua
maioria, constituem população com baixo poder aquisitivo, excluídos e
desamparados social e economicamente, em resultado das rupturas estruturais,
familiares e morais da sociedade moçambicana. Ciente desta situação, o governo
municipal irá:
- Desenvolver políticas de humanização do
atendimento ao idoso, principalmente em instituições públicas da cidade;
- Garantir o atendimento integral do idoso,
valendo-se, dentre outros serviços, do Programa de Saúde da Família e do
transporte;
- Estimular a criação de Centros de convivência
que agrupem os idosos em torno de actividades de lazer, cultura e
desporto.
k) Pessoas com Deficiência
As pessoas portadoras
de deficiência, na sua maioria, constituem uma população com baixo poder
aquisitivo, excluídos e desamparados sociais e economicamente. Ciente desta
situação, o governo municipal irá:
- Elaborar um Programa de Educação Inclusiva;
- Combater a estigmatização e a discriminação
contra as pessoas com deficiência em locais públicos e privados, incluindo
no interior das famílias;
- Promover o reordenamento dos serviços
previstos no Sistema Único de Assistência Social, garantindo o acesso das
pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade;
- Garantir o direito da pessoa portadora de
deficiência à saúde, à educação, ao desporto, ao lazer e a
profissionalização;
- Criar mecanismos que o trânsito, em geral, possibilite
um acesso facilitado as pessoas portadoras de deficiência.
7. Desporto e Lazer
Um dos fundamentos da cidadania é o direito ao Desporto e ao lazer. Estas
actividades merecerão destaque do nosso governo de modo a contribuir para
melhorar a qualidade de vida dos munícipes e elevar a imagem e o bom nome da
nossa cidade.
Neste âmbito iremos:
·
Implantar parques desportivos nos bairros de maior concentração
populacional e investir, em parceria com empresas privadas, na formação de
atletas e cidadãos;
·
Introduzir o Sistema
Municipal de Desporto e Lazer;
·
Implementar o Programa
“Lazer e Desporto na Rua” com o objectivo de ocupar o tempo livre
dos jovens e alargar os espaços de encontro e intercâmbio;
·
Articular programas de
Desporto e lazer com iniciativas de promoção da saúde, promovendo parcerias com
o sector da Saúde da Cidade;
·
Promover e apoiar à
realização de grandes eventos Desportivos Nacionais, com destaque para os Jogos
Escolares, Olimpíadas Universitárias, etc.
Caros Munícipes
da Cidade de Maputo, este é o nosso manifesto eleitoral; o nosso contributo
para a elevação da qualidade de vida de todos que residem nesta bela cidade das
Acácias; a cidade de Maputo.
Com
o seu voto JUNTOS VAMOS MUDAR MAPUTO!
MAPUTO, 05 de NOVEMBRO DE 2013.